Cress Entrevista Aline Muras sobre o Serviço Social na Educação

A segunda edição do nosso Cress Entrevista especial de maio, mês do/a Assistente Social, traz um bate-papo com Aline Muras, 37, que atua no Serviço Social na Educação. Graduada pela Universidade do Estado do RN (Uern), é mestre em Serviço Social e Direitos Sociais pela mesma instituição e funcionária pública federal. Já foi coordenadora da Seccional Mossoró do Cress/RN.

“Deve ser permanente a defesa por uma educação pública, laica e de qualidade, para que ela possa realmente cumprir o seu papel de colaboradora na formação de consciência dos sujeitos”, diz Aline.

Na semana passada, publicamos entrevista em vídeo com a assistente social Joela Santos, sobre o Serviço Social na Assistência. No próximo dia 15, tem mais bate-papo, com a temática Medidas socioeducativas. Acompanhe pelas nossas redes sociais.

Confira a entrevista na íntegra

CR: Como começou sua relação com o serviço social?

AM: Minha relação com o Serviço Social iniciou na graduação, no ano de 1999, onde tive a oportunidade de ingressar no processo de formação profissional.

CR: Quais os principais desafios que você enxerga, hoje, na sua área de atuação?

AM: Somos uma categoria profissional com sólido compromisso ético e político pela transformação da sociedade capitalista, estando indubitavelmente a favor da classe trabalhadora. Dessa forma, um dos grandes desafios para as /os profissionais da Educação é reafirmar a forte contribuição dos processos educativos junto às lutas sociais para a garantia da emancipação humana. 

Assim, deve ser permanente a defesa por uma educação pública, laica e de qualidade, para que ela possa realmente cumprir o seu papel de colaboradora na formação de consciência dos sujeitos. Devemos nos manter firmes e resistentes, sobretudo frente aos intensos ataques recentes deferidos contra a política educacional, como a Reforma do Ensino Médio (Lei n° 13.415, de 16 de fevereiro de 2017) e o congelamento dos gastos sociais por meio da Emenda Constitucional n° 55 (transformada na EC n° 95 em 15 de dezembro de 2016).

Outro relevante desafio é o fortalecimento da Assistência Estudantil como uma substantiva política de permanência e êxito, saindo da centralidade da oferta de programas diretamente ligados à disponibilidade de condições materiais e ampliando o seu alcance para outras dimensões, de forma a alcançar diferentes elementos que também concorrem para a não permanência na escola, como a violação de direitos e situações de risco.

CR: Como você analisa a importância do Cress para a categoria e as lutas da profissão?

AM: O conjunto CFESS/Cress é motivo de grande orgulho para nós assistentes sociais, pois além de exercer a sua função precípua de fiscalização do exercício profissional, esteve e está sempre se posicionando e lutando contra todas as formas de opressão, dominação e exploração. É fundamental sabermos que os conselhos estão apoiando, dando publicidade e fortalecendo as pautas das lutas sociais.

CR: O que você deseja para a categoria nesse 15 de maio?

AM: Desejo unidade, força e resistência para permanecermos firmes na luta e manter o nosso compromisso ético-político na defesa da garantia de direitos da classe trabalhadora.

 

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