Nesta segunda-feira, 2 de abril, o CFESS lançou um novo manifesto, com uma análise crítica acerca da intervenção militar no Rio de Janeiro (RJ), a morte da vereadora Marielle Franco (PSol) e o fantasma de instalação de um novo regime ditatorial.
“Estamos convictas de que é preciso relembrar ainda mais enfaticamente essa data (1º de abril, marco do inicio da ditadura civil-militar no Brasil em 1964), pois esse ‘filme’, que não desejamos rever, nos ronda como um espectro. O espectro que é portador de uma antiga e reiterada característica de nossa formação social: a tradição autoritária, escravocrata, elitista e antipopular, que sempre utilizou o Estado em favor dos interesses da acumulação do capital, retirando das classes trabalhadoras a possibilidade de construir mecanismos de apropriação das instâncias decisórias e de acesso a bens e serviços”, diz trecho do documento.
O CFESS Manifesta reafirma o momento de resistência, enfatizando o poder de mobilização desencadeado pelo assassinato de Marielle Franco, que reverberou nas vozes gente no Brasil e no mundo. “E já por conta dessa reação, as lições de mais de 30 anos de democracia demonstram suas contradições: a sociedade brasileira em 2018 pode até se parecer com a de 1964, mas não é mais a mesma. Portanto, retomar a velha tradição autocrática dos anos da ditadura empresarial militar não será um percurso isento de resistências”, diz outro trecho do manifesto.
Leia o CFESS Manifesta sobre a intervenção militar no Rio e o fantasma da ditadura