Neste dia 13 de março de 2018, o Código de Ética do/a Assistente Social completa 25 anos de existência. E a data é para comemorar! Como afirmou a assistente social e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF/Rio das Ostras), Cristina Brites, na Agenda Assistente Social 2018, “comemoramos, porque, para o Serviço Social brasileiro, comemorar é ação que se conjuga com luta. E lutar é se nutrir da força coletiva que cava possibilidades de liberdade na complexidade do devir histórico. Comemorar é também trazer à memória, reconhecer o valor e revigorar as potencialidades daquilo que nos representa porque nos humaniza”.
O Código de Ética baliza as ações da categoria profissional e das entidades representativas do Serviço Social. Sabe o compromisso de assistentes sociais com a qualidade dos serviços prestados? Ou o compromisso do Conjunto CFESS-CRESS e de toda a categoria com as lutas gerais da classe trabalhadora? Ou então, a defesa da liberdade, da democracia e da cidadania? O combate a todas as formas de opressão, discriminação e preconceito? A luta por uma sociedade justa e igualitária? Tudo isso está garantido no Código de Ética, em seus princípios e deveres, e fundamenta o exercício profissional.
“Em tempos de aprofundamento do desmonte das políticas sociais e dos nossos direitos enquanto categoria profissional e classe trabalhadora, o Código de Ética é instrumento de luta, antagônico a legalismos e corporativismo. Ele aponta uma direção ético-política e técnica para compreendermos as expressões da questão social e nos ajuda a elaborar respostas profissionais para nosso cotidiano”, defende a coordenadora da Comissão de Ética e Direitos Humanos do CFESS, Daniela Möller.
E não só isso. É também instrumento de luta contra ondas conservadoras e reacionárias que, acompanhadas de um apelo tecnicista, questionam o Projeto ético-político profissional que tem como horizonte uma sociedade emancipada, livre de qualquer exploração.
Em tempos de barbárie, o Código de Ética se mostra atualíssimo, pois demonstra inquietação e inconformismo diante de qualquer injustiça, violência, discriminação. “Ao balizar sua atuação profissional no Código de Ética, assistentes sociais escolheram um lado, que é o da classe trabalhadora”, completa Daniela.
O Código de Ética do/a Assistente Social é uma conquista valorosa, que só ganha sentido ser for internalizado por toda a categoria como valor e, principalmente, quando se materializa na prática social através das ações profissionais cotidianas.
Curiosidades
A ilustração de capa do Código de Ética do/a Assistente Social é inspirada na obra “Fundos Murrado”, do artista plástico Arthur Bispo do Rosário, usuário da saúde mental que faleceu em 1989. “É a homenagem do CFESS a cada usuário das políticas e serviços sociais, em nome do respeito, qualidade e responsabilidade nos termos dos princípios firmados por este Código que nossa ética profissional pretende assegurar. A imagem de Bispo procura ainda reconhecer e enaltecer os esforções dos vários segmentos sociais, políticos e profissionais que se mobilizam pelo compromisso ético com a liberdade, equidade e democracia”, diz trecho da apresentação à edição de 1996 do Código de Ética.
A agenda Assistente Social deste ano foi especial sobre o Código, trazendo reflexões para o cotidiano profissional sobre cada princípio ético.
Confira outras imagens comemorativa dos 25 anos do Código de Ética, que foram transformadas em um GIF divulgado nas redes sociais.