Em tempos desiguais, não temeremos!

“Em tempos desiguais, não temeremos!”. Esta é a chamada de mais uma edição especial do CFESS Manifesta, lançado nesta terça-feira (7), que faz uma análise de conjuntura do país, apontando os retrocessos em curso no âmbito das políticas sociais e os impactos na vida da classe trabalhadora.

“Não é de hoje que nós, trabalhadores e trabalhadoras, pagamos a conta pela crise. O fato de não serem novidades em nossa história, entretanto, não significa que não sejam piores e, por isso, merecem um nível de resistência à altura do abismo que tem significado todas as propostas em curso do programa chamado ponte para o futuro, enquanto uma radicalização do neoliberalismo. O caráter supostamente moderno do nome esconde a essência do documento: um conjunto de retrocessos, preparado em uma série de pacotes, ao estilo de “presente grego” para a parte da população brasileira que só tem sua força de trabalho para sobreviver”, aponta o documento, que faz críticas contundentes ao programa de governo e às medidas adotadas pelo Presidente interino (e ilegítimo) Michel Temer.

O manifesto destaca o avanço da extrema direita, que tem buscado aprofundar as medidas econômicas, para favorecer ainda mais os interesses da classe burguesa, em detrimento das necessidades da classe trabalhadora. Medidas como a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), até dezembro de 2023, sobre 30% de taxas e contribuições sociais e de intervenção sobre o domínio econômico; a extinção do Ministério da Previdência Social e a distribuição de seus órgãos no Ministério da Fazenda e no Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário; a contrarreforma da previdência social; proposta de contrarreforma dos direitos trabalhistas; as iniciativas de desestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas);  e a contrariedade à universalização do Sistema Único de Saúde (Sus) são sinais explícitos de que é a classe trabalhadora é quem vai pagar o pato.

O CFESS Manifesta aponta também indica também algumas bandeiras que o Serviço Social, mas do que nunca, devem manter levantadas, como “nenhum direito político, trabalhista, previdenciário, social e cultural a menos!”.

*Fonte: CFESS

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