CRESS Entrevista Gabriela Olivar sobre o Dia da/o Jornalista

O 7 de abril é considerado Dia da/o Jornalista. Para celebrar a data, o CRESS Entrevista Gabriela Olivar, profissional que atua no Conselho desde 2011.

Gabriela é jornalista por formação, graduada pela UFRN, mestranda em Estudos da Mídia pela mesma universidade e especialista em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais.

“Minha atuação precisa estar sempre sintonizada com a Política Nacional de Comunicação do Conjunto CFESS-CRESS, que defende a comunicação como direito humano e também estabelece as diretrizes do nosso trabalho”, afirma.

Confira a entrevista na íntegra:

CR: Qual a importância da/o jornalista em um conselho de classe?

GO: Os conselhos de classe não são apenas responsáveis ​​por fiscalizar e orientar o exercício profissional, mas também representam um conjunto de ideias, bandeiras de luta e a própria história da profissão.

Como são responsáveis ​​pela cobrança das anuidades das/os profissionais inscritas/os em suas jurisdições, costumam ser alvo de questionamento por parte das categorias e da própria sociedade, mesmo sendo este um tributo obrigatório, previsto na lei e também responsável por manter uma entidade que defende uma profissão.

Acredito que a/o jornalista é um/a profissional essencial para ajudar a contar a história dessa profissão e divulgar os conselhos: o que fazem, como sobrevivem, por que lutam etc. 

É um elo entre o Conselho e a opinião pública nesta disputa de narrativa e tem um papel essencial na valorização da profissão, já que, na perspectiva da comunicação institucional, tem como uma de suas funções valorizar os atributos da atividade e da entidade.

Foto no I Encontro Serviço Social e Comunicação, em julho de 2019.

CR: Quais são as suas principais ações no CRESS-RN?

GO: Minha missão é divulgar, publicizar, colocar a cara do CRESS-RN no mundo. Fazer chegar à categoria informações úteis, públicas e importantes. Também avalio que uma das minhas atividades é combater a desinformação.

Minha atuação precisa estar sempre sintonizada com a Política Nacional de Comunicação do Conjunto CFESS-CRESS, que defende a comunicação como direito humano e também estabelece as diretrizes do nosso trabalho em todos os Regionais do Brasil.

Eu assessoro a gestão quando o assunto são estratégias de posicionamento e comunicação institucional, reviso textos oficiais, atualizo site, escrevo matérias, acompanho eventos, produzo fotos e vídeos, planejo junto à Comissão de Comunicação nossas ações e campanhas, gerencio as redes sociais, interajo com a categoria. Tudo isso graças à parceria com a nossa super publicitária, Sarah Andrade.

Também faço a tarefa de assessoria de imprensa, promovendo a interlocução com os veículos de comunicação do estado e divulgando não apenas as atividades do CRESS-RN, mas também os nossos posicionamentos.

O Conselho tem muito a dizer à sociedade, porque defende um modelo mais igualitário e mais digno, com acesso aos direitos, e eu contribuo com essa tarefa!

Foto no Encontro Nacional de Comunicação do Conjunto CFESS-CRESS, em setembro de 2022.

CR: Quais os principais desafios de se atuar em um conselho de classe?

GO: Cabe aqui ressaltar que sou empregada pública, concursada e, portanto, tenho responsabilidade com o que o que é público, inclusive a democratização da comunicação.

Quem me conhece sabe o quanto me realizo neste trabalho dentro do CRESS-RN, porque acredito no propósito da entidade, acredito nas bandeiras de luta, na liberdade, na defesa intransigente dos direitos humanos. 

Como todo trabalho, sempre é desafiador. Existem os desafios de dentro, como conciliar a relação com as gestões, que mudam a cada três anos e têm visões diferentes sobre o que é comunicação, e também as relações de trabalho. Esse é um desafio enquanto classe trabalhadora, espaço onde me reconheço sempre.

Um outro desafio é de fora. Encarar a parcela da categoria que não compreende o que é o Conselho, o que ele faz e por que é tão importante para a valorização da profissão. Este é um desafio que se coloca todo santo dia, em cada texto produzido, em cada estratégia pensada. A tarefa é sempre comunicar de forma transparente e convencer corações e mentes.

Foto do media training realizado com a gestão 2023-2026, em julho de 2023.

CR: Como você entende a importância da atuação do Serviço Social na relação com a imprensa?

GO: Essencial. Mesmo que precisemos lidar com veículos que possuem posicionamento diferente do nosso, é preciso ocupar os espaços. Como falei antes, temos muito a dizer. E a disputa pelo nosso projeto de sociedade precisa estar em todos os lugares, inclusive na mídia.

Além disso, como jornalista que já foi repórter, busco valorizar o jornalismo de verdade, o que apura as informações, o que tem compromisso com a ciência e as evidências, o que defende o interesse público em primeiro lugar.

Acredito que um dos meus papeis aqui também é desmistificar esse trabalho da imprensa, mostrando como é a realidade de um repórter e de uma redação, sempre enaltecendo o jornalismo, profissão indispensável para qualquer nação democrática.

Também é importante lembrar que não nos comunicamos apenas para a categoria, para os nossos. Nós comunicamos para todas as pessoas. E a imprensa é, muitas vezes, uma ponte, porque consegue chegar aos lares e celulares com um alcance muito maior que o nosso.

Outras Notícias

Dúvidas frequentes

Principais perguntas e respostas sobre os nossos serviços