“Vivemos tempos em que a liberdade das mulheres ofende e ameaça o patriarcado e os fundamentalismos que o sustentam. São tempos em que lutar por direitos é crime. Neste 8 de março de 2016, portanto, temos muito mais motivos para lutar e protestar do que para comemorar. A conjuntura brasileira aponta sérios retrocessos e desafios para a garantia e ampliação dos direitos das mulheres”.
O trecho acima faz parte do CFESS Manifesta do Dia Internacional das Mulheres, celebrado nesta terça-feira (8).
O documento reúne dados alarmantes sobre as cotidianas ameaças de retrocessos para os direitos das mulheres.
“Desde a autocracia do regime burguês-militar, não vivenciamos um parlamento tão conservador. O Estatuto do Nascituro, que propõe criminalizar o aborto em todas as circunstâncias; o Estatuto da Família (projeto de lei nº 6.583/2013), que só legitima a família heterossexual e não reconhece as homoafetiva, e o projeto de lei nº 5.069/13, do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que impõe restrições ao aborto legal às vítimas de estupro, são alguns dos exemplos do conservadorismo e do fundamentalismo religioso que tem ferido diariamente o princípio da laicidade no Estado brasileiro”, aponta o documento.
O CFESS Manifesta faz ainda um chamado para o fortalecimento das lutas que vêm sendo empreendidas pelo movimento feminista em defesa dos direitos das mulheres!
*Fonte: CFESS