Com o objetivo de unir milhares de trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil, Centrais Sindicais, movimentos sociais e militantes políticos do campo da esquerda preparam uma grande mobilização em São Paulo, na Avenida Paulista, para esta sexta-feira, 18 de setembro. É a Marcha Nacional dos/as Trabalhadores/as.O CFESS participará da manifestação, representado pela conselheira Juliana Melim.
CFESS manifesta apoio à marcha de trabalhadores e trabalhadoras na luta por direitos
Como afirmado na Carta do Rio de Janeiro (documento político aprovado ao final do 44º Encontro Nacional CFESS-CRESS), cujo tema foi “Pelo direto à luta e resistência: contra a militarização da vida, da política e da polícia”, o Serviço Social brasileiro reafirma publicamente a importância da luta contra todas as violações praticadas pelos agentes do Estado que, por meio de ações violentas e sangrentas de seus aparelhos ideológicos e repressores, invadem favelas, reprimem movimentos sociais e exterminam a população pobre. O Encontro aprovou ainda uma moção de apoio à Marcha Nacional do dia 18.
Para a conselheira do CFESS Erlenia Sobral, assistentes sociais acompanham diariamente os impactos da atual crise, que recai sobre a classe trabalhadora, com a redução, sem medida, de direitos. “A clara prioridade de proteção do pagamento da dívida, com cortes em setores essenciais, como saúde, educação e previdência, exige muita ação política dos/as que resistem no campo da luta de classes. Nesse sentido, apoiamos e nos sentimos parte das manifestações, a exemplo do dia 18, que denunciam a perda de direitos e ‘solução’ da crise nos ombros dos/as que produzem a riqueza social”, avalia a conselheira.
Em um momento de retrocesso em direitos historicamente conquistados pela classe trabalhadora no Brasil, o Congresso Nacional e os representantes dos interesses do capital tentam retirar direitos da população, juntamente com o governo brasileiro, que, sob o discurso de um ajuste fiscal nas contas públicas, realiza cortes nas políticas sociais, em detrimento do emprego, da renda, bem como, por meio de uma polícia repressora e opressora, criminaliza os movimentos sociais e a população pobre e negra do país.
A conselheira do CFESS Josiane Soares destaca ainda que “esta marcha vem numa hora bastante oportuna, para marcar posição em uma conjuntura de opiniões polarizadas, que não representam nosso projeto profissional. Assistentes sociais devem estar onde está a classe trabalhadora e suas lutas, o que implica em recusar a defesa governista, mas também o conservadorismo explícito e golpista. Esta marcha chama para uma alternativa no campo da esquerda, que precisa dizer que está viva, atenta e tem projetos para o Brasil”, conclui.
O CFESS convida a categoria de assistentes sociais a somar forças na manifestação, na defesa intransigente dos direitos humanos, da classe trabalhadora, das políticas sociais, contra o conservadorismo. A manifestação está prevista para as 15h, no vão do Masp, em SP.
*Fonte: CFESS