Cress Entrevista Jeane Souto sobre o acervo do Conselho

A edição deste mês de outubro do Cress Entrevista mostra como foi o processo de organização do arquivo do Conselho, que durou cerca de 10 meses, se encerrou nesta semana e foi realizado pela assistente social Jeane Souto. Mestre em Serviço Social pela UFRN, a profissional se debruçou sobre a preservação de um dos mais importantes patrimônios do Cress/RN: sua memória.

No bate-papo, Jeane falou sobre como realizou o trabalho, que teve como resultado também uma mini-biblioteca, explicou como os/as profissionais podem ter acesso ao Arquivo e falou da importância dele para a própria profissão. “Para mim, um legado nobre e de incalculável valor, porque trata-se de uma iniciativa que culmina na preservação da memória histórica do Serviço Social Brasileiro”, disse.

Confira a entrevista

CR: Quando e como começou o trabalho de organização do arquivo do Cress/RN? A partir de que demanda?

JS: Sob o convite e coordenação da gestão anterior [2014-2017], iniciei as atividades de classificação, ordenamento e arquivamento do acervo documental do Cress/RN, em meados de dezembro de 2016. Isso incluiu documentos de diversas naturezas (prestação de contas, documentos oficias, livros, periódicos, manuais, relatórios, campanhas publicitárias e outros materiais).

A demanda surgiu da necessidade premente de organizar o arquivo do Conselho, o que ainda não tinha sido feito, muito embora os/as funcionários/as do Cress/RN já tivessem iniciado a organização das prestações de contas dos anos mais recentes, servindo de guia para estabelecer uma padronização na organização do acervo.

Assim, essa iniciativa se deu para atender a uma exigência do CFESS, que solicitava que as prestações de contas fossem organizadas e devidamente arquivadas, para assim podermos responder com rapidez e clareza aos relatórios do TCU.

Nas fotos: Jeane com a presidenta do Cress/RN, Luana Soares

CR: Quais as etapas do trabalho e como você fez para organizar o arquivo?

JS: Inicialmente, foram realizados alguns mutirões coletivos com a presença da Diretoria da antiga gestão, sobre os quais destaco a participação de muitas mãos, engajadas em organizar o acervo do Cress/RN. Conseguimos fazer uma breve triagem dos documentos e/ou materiais que deveriam ser arquivados. Estabelecemos critérios para o arquivamento desse material.

Para os documentos de natureza oficial, memorandos e ofícios, obedecemos a um intervalo de cinco anos. Para as prestações de contas, um intervalo de 10 anos. Depois, de maneira mais minuciosa, começamos a classificação e separação desses documentos, para posterior ordenamento e, por fim, o seu arquivamento nas estantes. Destaco que as prestações de contas foram ordenadas e arquivadas em sequência de anos e meses, em suas respectivas pastas.

No ordenamento dos materiais arquivados, utilizamos pastas coloridas a fim de padronizá-las por natureza ou tipo de documento e principalmente para facilitar a localização destas na Sala-Arquivo do Cress/RN. Paralelamente, realizamos o registro de todo o acervo “mais antigo” do Serviço Social, incluindo livros, periódicos, manuais, apostilas, relatórios e demais publicações.

Além disso, organizamos e expomos esses materiais em uma estante, devidamente identificados e ordenados por numeração (crescente), em se tratando de periódicos. Atualmente, temos registrado, arquivado e catalogado todo o acervo documental do Cress/RN, em um espaço específico para esse fim. Criamos também um catálogo impresso, que serve como guia para localização dos materiais. O mesmo fizemos com os exemplares pertencentes ao Conselho, como forma de localizar e controlar a entrada e saída desse material também.

CR: O arquivo vai além de uma memória do Conselho, mas do próprio Serviço Social. Qual a importância disso para a categoria aqui no estado?

Essa iniciativa foi impulsionada pela antiga gestão do Cress/RN e prosseguida pela atual, que entendeu a importância e o legado do trabalho para a categoria. Além de contribuir para a criação do Arquivo do Conselho, que se traduz no registro, manutenção e preservação do seu acervo histórico, também idealizou e criou o que denominamos de “mini-biblioteca”, que para mim é mini só no nome, pois é grande em sua natureza e intenção! A ideia era criar um espaço de exposição e consulta, para que os/as profissionais do Serviço Social tivessem acesso a esse material catalogado.

A iniciativa extrapola uma mera exigência institucional. Para além disso, deixa um legado importante para a categoria, porque agora existe um espaço organizado para arquivamento do acervo documental do Cress/RN e disponibiliza de dois espaços para consulta de livros, periódicos e outros materiais diversos alusivos à atualidade e história do Serviço Social. Para mim, um legado nobre e de incalculável valor, porque trata-se de uma iniciativa que culmina na preservação da memória histórica do Serviço Social Brasileiro.

CR: Como os/as profissionais podem ter acesso a esse arquivo?

JS: Todo o acervo de livros e outros exemplares está disponível apenas para consulta. Para tanto, basta se dirigir à sede do Cress/RN e solicitar autorização, seja para ter acesso ao acervo da mini-biblioteca, seja para visitar a Sala-Arquivo, na qual podem ser encontrados os exemplares mais antigos, porém não menos importantes. O Arquivo está localizado próximo à sede em Natal, na Rua Ulisses Caldas, 193, Edifício Aparício de Meneses, Sala 206, Centro.

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