“Sou assistente social. Luto contra o desrespeito, defendo direitos”. Esta chamada, escolhida pelo CFESS para comemorar o Dia Internacional da Mulher, serve para reafirmar o compromisso da categoria na defesa permanente dos direitos das mulheres e no combate à desigualdade de gênero. Compromisso que deve ser cotidiano, como o próprio Código de Ética profissional orienta.
E neste 8 de março, o CFESS lançou mais um manifesto sobre o tema, reunindo dados e informações que mostram que ainda há muita desigualdade a ser superada, e que é necessário romper as estruturas do capitalismo patriarcal.
“Segundo os resultados da pesquisa Data Senado, em sua 4ª versão, os resultados em 2011 apontam que o conhecimento da Lei Maria da Penha cresceu 98% entre as brasileiras. Porém para as entrevistadas, o fato de conhecer a lei não significa que vão realizar uma denúncia às autoridades policiais. Das entrevistadas, 57% declararam conhecer mulheres que já sofreram algum tipo de violência”, aponta trecho do documento.
E não é só isso. Segundo a Secretaria de Políticas para as Mulheres, o número de registros sobre a Lei Maria da Penha, na Central de Atendimentos à Mulher, por meio do disque-180, foi de 48.057 em 2007, passando a 82.170 em 2010 (Secretaria de Políticas para as Mulheres – dados do disque-180). Nesse sentido, a Lei Maria da Penha vem se tornando uma das principais formas de se combater o perverso ciclo da violência de gênero, que atinge as mulheres em todo Brasil.
Por esse motivo, já há algum tempo, o Conjunto CFESS-CRESS vem incorporando lutas do movimento feminista, transformando-as em bandeiras cotidianas, como: defesa intransigente da liberdade, da autonomia e dos direitos das mulheres; empenho na eliminação de toda forma de violência e preconceito, expressos na reprodução do machismo, do racismo, do sexismo e do não respeito à diversidade; intervenção crítica nos espaços institucionais e na mídia, tendo em vista o uso da fetichização e mercadorização do corpo da mulher; acesso das mulheres à política de saúde integral (Paism), respeitando-se sua fase geracional e respectivas demandas; luta pela legalização do aborto, lembrando que se trata de uma questão gravíssima de saúde pública e causa de mortalidade materna no Brasil; e pelo fim da exploração sexual e do tráfico de mulheres.
Nesta data comemorativa, o CFESS parabeniza as assistentes sociais e mulheres em todo o mundo, que resistem e lutam contra a desigualdade e a violência. Como a própria campanha de Gestão 2011-2014 diz, No mundo de desigualdade, toda violação de direitos é violência. Por isso, a nossa luta é todo o dia, contra o racismo, machismo e homofobia.
Leia o CFESS Manifesta do Dia Internacional da Mulher
*Fonte: CFESS